terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


 A  SEDE DA ALMA             


Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus? (Sl 42.1, 2) Há tempo em que a estação das águas demora a chegar, e isto costuma mexer com o equilíbrio do sistema ecológico da terra. E o cervo é um pequeno animal, dócil e frágil, e é muito perseguido pelos seus inúmeros predadores naturais. E quando faltam as águas, ele fica à beira daquele rio, esperando a  providência divina para tornar a enchê-lo, porque, afastar-se é colocar-se à mercê dos seus inimigos. Então, ele brama, alça a sua voz ao céu, em suspiros desesperados, pela água que lhe é necessária para a sua sobrevivência. O Salmista  sentiu-se, em  certo momento, no deserto, como um pequeno cervo, tal era a sua fragilidade e vulnerabilidade, diante dos seus inimigos. Mas, a sua sede não era meramente de um pouco de água para saciar a sua sede. O que ele queria era a presença de Deus na sua vida. “Como um cervo que suspira pelas correntes das águas” era um clamor do fundo da alma! A sede era simplesmente o desejo de estar próximo de Deus. Porque é a presença de Deus que traz a paz ao coração, dá uma sensação de tranqüilidade e segurança, mesmo diante de grandes problemas, ou quando precisamos tomar decisões que vão transformar as nossas vidas.

A nossa posição, diante das adversidades, é  “confiar" !!! Confiar com segurança, com uma “fé perfeita” como diz: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.” (Sl 46.1-3) Imagine alguém que pego em meio a um terremoto (a terra mudando de forma debaixo dos seus pés, abrindo-se para o engolir), ou,  os montes caindo dentro do mar, (Um princípio da física diz que dois corpos não ocupam o mesmo lugar, ao mesmo tempo.) então provocaria um maremoto sem precedentes e o tragaria; ou, ainda, um rio que depois de uma grande tempestade, torna-se caudaloso e violento, ao ponto que querer devastar tudo que encontra no seu caminho!

O salmista suspirava pela presença de Deus, como um cervo por água, para matar a sua sede. Os anseios e os desejos do nosso coração, que é a sede da alma,  nos dão a sensação inexplicável de que falta algo para nos trazer essa paz e essa tranqüilidade que tanto almejamos; e é imprescindível. Como diz, ainda: “Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está bno meio dela; não será abalada; Deus a ajudará ao romper da manhã.” (Sl 46.4, 5) Este rio representa a presença de Deus, É Ele habitando, no meio de nós, garantindo a nossa segurança. Ainda que tudo e todos se levantem contra você, tenha a mais absoluta certeza que a solução de todos os seus problemas é certa. Portanto, assim diz o Senhor: “Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus (Sl 46.10) E como Davi, “suspire pela presença de Deus, em sua vida, para sempre”!
Que Deus te abençoe e te guarde!!!  

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